sábado, 29 de outubro de 2011

Em busca da verdade na minha 2 viagem em abril de2011,Parte 6

Resolvi novamente voltar a campina grande e desta vez sem comunicar.Fui direto para João Pessoa,como não sabia o endereço,fui até a casa da viuva do meu tio Ademar,que hoje aos 85 e morando no mesmo lugar,no bairro de cruz da armas.Com certeza não lembrou de mim;mas ao lembra-la quem eu era,tudo ficou mais fácil.Durante a conversa, lhe perguntei se a minha irmã Rosa havia morado com ela.Sim,me respondeu.Perguntei ,se naquela época ela foi para lá porque estava grávida.Não lembro,mas que ela morou comigo por pouco tempo,sim. Saindo dali fui em busca da verdade.Eram 19:horas quando eu apertei a campainha da casa de Rosa.Quem é?perguntou ela.Com um tom de voz mais forte,respondi:Sou eu.Abrindo ela o portão, falou:Que surpresa!Aconteceu alguma coisa?Não,respondi.Vim para falar com você.Sobre?Respondeu como se nada soubesse.Sobre a minha adoção,respondi.Vamos entrar,e entramos,não quis água nem café.Estava ansioso por esta conversa,que eu achei que seria definitiva,mas para a minha decepção:Foi a pior de todas.Lhe perguntei quem eram os meus pais,ela me respondeu que não sabia quem eles eram.Como você não sabe?Eu peguei você no orfanato da irmã Cicera,pedi para mãe cuidar de você, pois eu trabalhava e não tinha tempo.Porque quando você casou,não me levou contigo?Perguntei.Rapidamente ela me respondeu:Porque mãe não mais quis dá você.E eu comecei a indaga-la.Porque você me pegou,se você só tinha 22 anos e era solteira? Porque eu soube que você estava lá e fui ver,ao chegar naquele orfanato vi que você estava bem doentinho e fiquei com pena e ao falar com mãe e deixando ela,eu fui lá e te peguei.
Mas como você me pegou no orfanato,se eu nunca passei por lá?Estive no local e não há nenhum registro de que eu passei por aquele lugar,pois era um orfanato que só abrigava meninas.Aí,a história mudou.Disse ela:Eu peguei você das mãos da irmã Cicera,fora daquele local. Lhe perguntei: Como pode naquela época cheia de preconceito,uma freira dá para você,que era uma moça além do seu tempo,uma criança?.Dava sim,tudo era feito com muito sigilo.respondeu ela,acrescentando que era porque havia uma amizade ou parentesco familiar.Eu sei que estão dizendo por aí, que eu sou sua mãe,mas eu não sou.Falou ela.Eu quero aproveitar para lhe perdão pela frase que eu usei,pois foi num momento de muita raiva.Você me perdoa?Deixa isso pra lá! Respondeu ela .Não,eu quero saber,se você me perdoa?Tá perdoado,respondeu ela com um ar meio irônico.Se você me perdoou,amém.Mas, se não, que a maldição desta história  recaia sobre quem está mentindo.Como eu poderia ter você como minha mãe,se entre mim e você, sempre existiu uma berreira?E que você só apareceu nas vias de fato,quando foi para tomar satisfação,porque eu tinha dormido fora de casa pela primeira vez;e você armou o maior rebu. Disse ela:Eu fiquei com ódio,quando descobri que você era aquela coisa lá.Você quer dizer:quando eu disse que era viado ou fresco como todo mundo chamava.Como pode uma pessoa que vivia no candomblé,arrodeada por tudo que não convém, um local cheio de bicha,ao qual era ou é o seu preconceito, pode ter raiva?Quer dizer que você só descobriu ali?Antes eu não era?Uma criança que imitava as chacretes do chacrinha,todo efeminado e você só percebeu isso,quando eu estava com 16 anos?Quantas vezes você e as outras me perguntaram porque eu era assim?Quantas vezes você me aconselhou?Falar é fácil,difícil é fazer.Claro! eu não era filho.você sabia como tudo começou?Não!você não sabe.Tudo começou quando eu tinha apenas 6 anos de idade,mas eu era apenas uma criança,que com certeza não nasci gay,pois os filhos são herança do Senhor e uma herança,não trás tristeza,nem vergonha,nem dor,mas,sim muita alegria(Salmo,127:3).  Eu fui covardemente roubado da minha própria identidade,onde pessoas usadas pelo diabo(aquele!que muitos não acreditam,mas faz a destruição de muitas famílias.Filhos nas drogas,entregues a bebedices e prostituições.Casais se separando por causa de adultério,pessoas que poderiam estar servindo à Deus,mas estão se prostituindo com outros deuses.Não há mais respeito e nem amor pelo próximo.As pessoas só querem condenar.Mas o pior, é que ninguém estar em condição de fazer tal coisa.E, eu relatei uma boa parte do que eu tinha passado e do que eu enfrentei,mas Deus na sua infinita misericórdia me resgatou das trevas para sua maravilhosa luz( Colossenses,1:13).É como você falou:Jesus lhe tirou das trevas e hoje você é outra pessoa.Oque importa é que você foi bem criado.Falou ela.Bem criado eu não fui,fui criado.Deus me sustentou em todos os momentos da minha vida.O salmo 27 fala sobre isso,diz o seguinte:Ainda que o teu pai e a tua mãe,te desampararem,todavia o Senhor te recolherá.Eu tenho esperado no Senhor,Ele tem me animado e fortalecido o meu coração. Ainda naquela conversa, eu questionei  o fato, de   ela não mais ter me dado assistência,já que foi por amor que ela me pegou naquele lugar,como disse ela.Por outro lado,eu fui acolhido pela minha irmã Socorro.Nem eu entendia porque eu a amava tanto,já que era tão rígida conosco.Cheguei a ama-la mais do que a minha mãe adotiva.Mas ela não conseguiu me amar incondicionalmente.Eu era para ela,naquele momento, uma escória,algo vergonhoso,nojento ou seja:A ovelha negra da família,pois para ela aquilo era pecado e não o que eles faziam,como:Beber,jogar baralho,falar palavras torpes,idolatrar e outras coisas,como está em( 1.coríntios 6,9-10).Por um período de tempo eu até aceitei esta condição,por achar que pecado era só matar e roubar,como elas diziam.Mas vindo a fé,eu descobri que eles eram tão pecadores como eu.Então,eu era só mais uma ovelha negra daquele rebanho.Chegou o fim daquela conversa com minha irmã, que para mim não serviu de muita coisa,já que Salete e Socorro sabe muito mais da história do que ela,que era quem deveria me trazer todo o esclarecimento.Saí dali e fui para a casa de Silene,minha sobrinha,filha da minha irmã mais velha.Dormi e no outro dia,viajei para Recife. Continuarei......

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